Pra você que segue interessado na criação de gado, conhecer os sistema de produção pecuária é importante para entender a dinâmica do mercado pecuário.
A forma com que o produtor pretende operar o seu rebanho determina não somente o impacto ao bem estar animal, como também o nível de dedicação operacional, duração de cada ciclo produtivo. e intensidade dos custos com sanidade, suplementação, e infraestrutura.
No Brasil, estes são os 3 os sistemas de produção mais comuns:
Criação extensiva a pasto nativo ou cultivado;
Criação semi-intensiva;
Criação intensiva (confinamento);
A escolha do sistema de produção envolve a análise de variáveis como:
Logística: A propriedade fica distante da indústria? As estradas de acesso estão em boas condições? Existem outras fazendas operando este modelo na região?
Capital disponível para investir: O capital do produtor é fator decisivo na escolha do sistema de produção. Pois, alguns demandam compra massiva de suprimentos e mão de obra qualificada para operação diária. Se não houver um caixa disponível, o mais provável é que o produtor inicie com a infraestrutura já disponível na propriedade.
Aptidão da propriedade rural: Um sistema de confinamento não pode ser construído sobre uma terra arenosa ou local passível de alagamento como nas regiões pantaneiras. Da mesma forma que a engorda de boi em pastagem (nativa com poucos nutrientes) sem a devida intensificação suplementar pode alongar o ciclo produtivo e dar prejuízos ao produtor. Sendo assim, analisar as características da propriedade (disponibilidade de água, solo, tipos de pastagens disponíveis) é fundamental.
Tamanho do mercado: Em algumas regiões, é possível ir ao mercado e oferecer um bezerro em troca de mercadoria. Isso é sinal de um mercado confiável e com alta liquidez para a compra e venda de rebanho. Em outras palavras, o acesso a compradores e vendedores e conclusão de uma operação geralmente é simples.
Extensivo em pasto nativo ou cultivado: Mantém a criação exclusivamente a campo, aproveitando ao máximo os recursos naturais e ou cultivados pelo produtor rural. Este modelo foi o primeiro a ser utilizado no Brasil e até hoje continua sendo, por possibilitar a economia de custos operacionais com instalações e mão-de-obra. Os melhoramentos introduzidos, sem modificar o caráter do regime, são simplesmente para favorecer a criação de um gado de maior valor e mais exigente em um ciclo produtivo mais curto e sustentável no que tange a manutenção das pastagens.
Semi-intensivo: Tem menos aproveitamento dos pastos naturais e exige uma operação mais ativa e qualificada. Geralmente é destinado a um tipo de gado mais aperfeiçoado por produtores que não possuem grandes terras mas desejam ser mais eficientes em sua produção por hectare. Em geral, os animais são mantidos em pequenos estábulos durante algumas horas para receberem ração e outros alimentos e, após isso, são soltos em piquetes com boa pastagem e água.
Intensivo: Esse sistema em relação aos outros, se caracteriza principalmente pelo emprego, de maior capital, mão de obra qualificada e mais trabalho em relação à área. Dentre as vantagens do confinamento destacam-se a minimização da idade de abate do animal, elevação do ganho de peso, flexibilização da produção e redução do ciclo produtivo para 3 meses.
Vale destacar que é possível implantar os 3 sistemas em uma única propriedade. Isso é geralmente feito para por produtores que desejam operar para os 3 modelos produtivos. Cria, recria e engorda. Onde a cria é realiza a pasto, a recria em sistemas de semi-intensivo e a engorda em confinamento.
Agora que você já sabe quais são os tipos e as suas principais características, poderá considerar o sistema de produção desejado em sua decisão de participar dos nossos projetos pecuários.
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