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O Agro e as Novas Tarifas dos EUA: o que realmente importa agora

  • Writer: Caroline Hirasaka
    Caroline Hirasaka
  • 2 days ago
  • 2 min read

Updated: 4 hours ago

Nesta semana, o mercado global foi sacudido por novos anúncios de tarifas comerciais pelos EUA. A medida reacende discussões sobre protecionismo, disputas comerciais e seus impactos em cadeias globais de valor. Mas enquanto o noticiário gira em torno da geopolítica, no campo — onde o real acontece — o agro segue com sua própria lógica: a de oferta, demanda e essencialidade.

Como CMO do FazendaCheia, acompanho de perto os reflexos desses movimentos no dia a dia da agroindústria e dos produtores brasileiros. E a pergunta que fica é: o que essas tarifas significam, na prática, para o agro nacional?



Exportações em foco

O Brasil é um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo. Grãos, carnes, frutas — a lista é longa. Tarifas impostas por grandes economias podem sim afetar os fluxos comerciais, mas também abrem brechas para reposicionamento de mercados. Quando um player se retrai, outro ocupa espaço.

No curto prazo, há incertezas. Exportadores de soja e carne, por exemplo, podem ver oscilações nos preços e margens dependendo de como os EUA redirecionam suas relações com a China ou Europa. Mas é preciso lembrar: o Brasil tem acordos estratégicos e uma vantagem competitiva difícil de bater — volume, qualidade e regularidade de entrega.


Oferta, demanda e o papel estrutural do agro

Mesmo em meio a disputas comerciais, guerras ou desacelerações econômicas, a demanda por alimentos e commodities básicas continua. Esse é o ponto central. Estamos falando de uma cadeia essencial e resiliente. O mundo pode até comer menos carne em tempos de crise, mas ninguém deixa de comer.

O que vemos agora é um movimento de readequação: estoques, câmbio e fluxos logísticos se ajustam. Os preços? Voláteis, sim, mas em uma faixa que ainda sustenta operação — especialmente para quem está focado em eficiência e gestão.


O que esperar?

A médio prazo, a expectativa é de estabilização — não por calmaria no cenário externo, mas porque o agro global precisa funcionar. E o Brasil, queira ou não, é um dos seus motores.

Nos próximos meses, o olhar precisa estar mais em produtividade, inteligência de mercado e canais alternativos de exportação do que no medo do protecionismo.




O jogo não para. E quem trabalha com o essencial tem a vantagem de não sair do tabuleiro.

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